Freelancer e trabalho fixo
Freelancer e trabalho fixo
Faz sentido você ter um trabalho fixo e mesmo assim ainda prestar serviço como freelancer?
Em um passado não muito distante, os adultos terminavam o seu dia de trabalho, e voltariam a essa rotina somente no dia seguinte. O restante de sua noite (na grande maioria das vezes), seria fazendo algo em casa, ou estando com amigos e familiares.
Hoje nos colocamos em uma busca constante por mais, e acabamos sacrificando o que temos de mais precioso: o tempo. Mas já que precisamos de dinheiro, seja para realizar uma compra, fazer uma viagem, saldar uma dívida, ou algo que se deseja, a possibilidade de fazer um trabalho extra pode ajudar na concretização dos mais diversos objetivos.
Quem trabalha com TI consegue visualizar diversas possibilidades para prestar serviços para pessoas jurídicas e físicas, seja na área de manutenção ou algum processo de criação. Conheço diversos programadores, que fazem serviços de formatação de computadores, configurações de redes, montagem de computadores personalizados. Assim como profissionais de redes que prestam serviços criando sites e aplicativos para celulares.
Todos têm o seu trabalho "fixo" e em suas horas vagas fazem seus trabalhos "extra". E qual o problema dessa abordagem? Por trabalhar como freelancer há um tempo (além dos trabalhos fixos), eu percebi que alguns cuidados precisam ser levados em consideração:
1 - Dinheiro extra, é dinheiro extra! Não conte sempre com isso! Do contrário, surgirão gastos que irão depender de uma renda não fixa. É aí que que ao invés de ser uma oportunidade, passa a ser um problema.
2 - Tenha objetivos claros que deseja alcançar com o valor que determinado serviço vai te retornar. Ex: Quer comprar o que? Quer juntar quanto? Caso isso não esteja claro em sua cabeça, você corre o sério risco de cair no item 1 desta lista.
3 - Até quando vender o seu tempo faz sentido? Esse questionamento precisa estar vivo dentro de você. Dependendo do momento de sua vida, manter uma jornada de trabalho mais intensa pode ser facilitado ou não. Fatores como idade, saúde, família, exercem grandes influências na tomada desta decisão.
4 - Saiba precificar o seu trabalho! Lembre-se que você está fazendo algo em um momento que poderia estar fazendo qualquer outra coisa.
5 - Analise bem o que precisa ser feito! Veja se a demanda que chegou até a você possui: início, meio e fim. É muito válido alinhar as expectativas e ter clareza de todas as partes envolvidas.
6 - Se você não se interessou pelo que vai ser feito, pode ser um sinal de que não é para você. Libere o contratante para que ele procure um outro profissional em tempo hábil. Lembre-se: nem toda oportunidade é construtiva para o seu momento.
7 - Quanto tempo quer disponibilizar para o trabalho extra? Sem saber disso, você vai trabalhar acima do que deveria, e pode ocorrer um grande erro: acrescentar cada vez trabalhos extras, sem ter mais tempo extra. Isso pode parecer algo fora de lógica, mas conheci grandes profissionais desta modalidade, que passaram por esse caminho tortuoso.
Espero que esses 7 pontos (que estão sujeitos a mudanças é claro), possam te ajudar a encontrar um equilíbrio em sua jornada. Não deixe sua vida profissional entrar em excessos!